Dilma nega culpa por filhos dos outros e diz desconhecer 'ato inidôneo' de Erenice

Publicidade
DE SÃO PAULO
A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, afirmou que não tem conhecimento de ato inidôneo da ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra. Em entrevista ao "Bom Dia Brasil", Dilma foi questionada pelas denúncias de lobby contra Israel Guerra, filho de Erenice --que sucedeu a candidata no ministério.
"Até hoje eu nunca vi nenhuma prova, nenhuma ação inidônea da ex-ministra Erenice, o que não significa que ela não está acima da suspeita", disse a candidata.
Dilma ainda afirmou que não pode responder por Erenice. "Não posso ser responsabilizada pelo que faz o filho ou parente de alguém."
A candidata ainda afirmou que era a pessoa mais interessada para a apuração do caso. "Se ele [Israel Guerra] admitiu que recebeu ele é culpado. Então vai pagar por isso, mas daí fazer qualquer relação com a minha campanha são outros quinhentos."
Dilma ainda comparou o caso de Erenice com as acusações que recebeu de ser responsável pela quebra de sigilo fiscal e afirmou que não poderia julgar Erenice. "Eu não vou fazer pré-julgamento de quem quer que seja".
Reportagem publicada domingo na Folha revelou que a Presidência deu atestado único de capacidade técnica à Unicel do Brasil Telecomunicações, empresa que tem como consultor o marido de Erenice. Foi a primeira e única vez que a Diretoria de Telecomunicações da Presidência avalizou um serviço experimental, o que causou surpresa às empresas do setor por não ser de praxe órgãos públicos atestarem capacidade baseados somente em testes.
O documento a que a Folha teve acesso é de janeiro de 2007, quando Erenice era secretária-executiva da Casa Civil e a candidata Dilma Rousseff (PT), ministra.
Na entrevista, Dilma disse que nenhum desses casos tem relação com sua campanha à Presidência. "Relacionar com minha campanha são outros 500. Minha campanha não está envolvida."

Comentários