Campanha de Dilma vai fortalecer central anti-boatos na web



Claudio Leal
A campanha de Dilma Rousseff vai reforçar uma "central anti-boatos" para frear correntes contra a candidata petista na internet. Na avaliação dos governadores eleitos e do comando político, houve lentidão na resposta aos boatos dirigidos aos evangélicos. A tarefa de reagir a e-mails com notícias falsas estava a cargo do grupo da Pepper Comunicação, em parceria com a empresa americana Blue State.
Segundo o Terra apurou, essa função deve ser transferida para a equipe de Marcelo Branco, responsável pela mobilização da campanha nas redes sociais e nos blogs, além da transmissão ao vivo dos comícios.
Entre os motivos para justificar a perda de votos de Dilma, aponta-se uma mensagem com uma falsa declaração da petista em Minas Gerais, de que "nem Cristo" tiraria dela a vitória no primeiro turno. Outras correntes atacavam as convicções da presidenciável sobre o aborto. Num nível abaixo da cintura, alguns e-mails traziam relatos inverídicos sobre a sua vida íntima.
O comando da campanha deve montar uma estrutura mais apropriada à velocidade da disseminação dos boatos. A equipe coordenada por Branco, que realiza diagnósticos diários da rede, estaria afiada para esse trabalho.
No esboço original, a Pepper respondia pelo disparo de e-mails e de sms. Os reveses religiosos sugeriram deficiência na comunicação com os internautas e na desmontagem de ataques a Dilma. Desde o início, o site oficial e o Twitter da candidata estão sob responsabilidade da equipe de jornalismo.
Procurado pelo Terra, Marcelo Branco prefere não comentar a estrutura da campanha na web nem falar sobre os erros anteriores ao primeiro turno. Ele apenas expõe: "A estratégia é reforçar e estruturar a central anti-boatos, para mobilizar uma reação mais rápida".

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