Governo Lula criou 6 estatais em 8 anos. E tem planos de fazer mais duas

Uma das empresas criadas por Lula, o Banco Popular do Brasil (BPB), nem existe mais. A Empresa Brasil de Comunicações (EBC), criada para ser uma emissora independente do governo, luta para escapar da pecha de ser "chapa-branca"
Em oito anos de governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criou seis empresas estatais. A maioria delas, porém, não produziu efeitos importantes na economia. Duas são fábricas - de hemoderivados e de chips. Ambas estão atrasadas e só começarão a produzir no próximo governo, sem atender totalmente à demanda do país. Os investimentos nas duas são da ordem de 900 milhões de reais.

Outras duas novas empresas estão na fila para saírem do papel: a Empresa de Transporte Ferroviário de Alta Velocidade (Etav) e a Águas de Integração do Nordeste Setentrional (Agnes). A Etav será sócia do trem-bala que ligará Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro. Já a segunda, será responsável pela administração das águas do projeto de integração de bacias do rio São Francisco.


De acordo com o edital de concorrência, a Etav deve ter capital de 3,4 bilhões de reais. Já a estatal do São Francisco deve arrecadar 100 milhões de reais por ano e vai controlar quanto de água cada estado beneficiado pela integração vai receber, dentro de parâmetros fixados pela Agência Nacional de Águas (ANA), além de cobrar pelo uso da água.


Chuva de estatais –
Uma das empresas criadas por Lula, o Banco Popular do Brasil (BPB), nem existe mais. A Empresa Brasil de Comunicações (EBC), criada para ser uma emissora independente do governo, luta para escapar da pecha de ser "chapa-branca". A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) é bem vista pela iniciativa privada por haver resgatado a função de planejamento energético. Recentemente, porém, foi envolvida nos escândalos que provocaram a queda da ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra.

A mais nova estatal de Lula, a Pré-Sal Petróleo S. A., está só no papel, apesar de sua criação ter sido aprovada pelo Congresso Nacional em julho passado. O Ministério de Minas e Energia, ao qual é subordinada, aguarda a aprovação da lei que institui o regime de partilha na exploração de petróleo para criar a nova estatal - responsável pela administração dos contratos de exploração do pré-sal.


As estatais criadas por Lula obedecem à lógica do governo na qual o estado deve entrar em áreas estratégicas onde não haja interesse da iniciativa privada. É o caso da Ceitec, a fábrica de chips (semicondutores). De acordo com um empresário do setor, o governo tem "obsessão" por um empreendimento desse tipo porque grandes economias do mundo fabricam esse produto. No entanto, nenhuma empresa de peso no mercado mundial quis investir no Brasil.
(Com Agência Estado)

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