Médicos fazem paralisação de 24 horas em Betim-MG Profissionais da rede pública de Betim reivindicam melhores condições de trabalho e segurança; em Belo Horizonte ato deve ocorrer na quarta-feira


Os médicos da rede pública de Betim, em Minas, iniciaram uma paralisação de 24 horas nesta sexta-feira, 25, como forma de mostrar a insatisfação da categoria com o posicionamento da Prefeitura em relação às reivindicações dos médicos.

Alguns hospitais estão em escala mínima e atendendo apenas urgências e emergências. O atendimento está mais prejudicado nas Unidades Básicas de Saúde(UBS), de acordo com o sindicato, que confirma que a adesão dos médicos não chegou aos 90% esperados, já que a maioria não é concursada e teme a perda do emprego.

A paralisação começou às 7 horas e deve seguir até as 7 horas de amanhã. Osmédicos de Betim reivindicam melhoria das condições de trabalho com garantia de equipes completas de serviços, com realização de concurso público para preenchimento das vagas; garantia da disponibilidade constante de medicamentos, materiais e equipamentos médicos em todas as unidades de saúde.

Além disso, eles pedem promoção de ações em conjunto com os órgãos competentes de forma a garantir condições mínimas de segurança para servidores e usuários em todas as unidades de atendimento. No aspecto salarial, os médicos reivindicam a recomposição dos vencimentos básicos; cálculo dos adicionais sobre o salário base; e extensão dos benefícios conquistados aos médicos contratados.

De acordo com o sindicato, as quatro UAIs (Unidades de Atendimento Imediato) - Alterosas, Guanabara, Sete de Setembro e Teresópolis - funcionam de forma precária, superlotadas, com vários buracos nas escalas por falta de médicos, com estrutura física inadequada, falta de equipamentos e medicamentos.

Belo Horizonte

Além dos médicos de Betim, a categoria pretende realizar outras paralisações em diferentes municípios. Em Belo Horizonte, a paralisação de 24 horas acontecerá na próxima quarta-feira, 30, com concentração a partir das 8h30 em frente à Secretaria Municipal de Saúde. A decisão, segundo o sindicato, surgiu devido à falta de avanços nas negociações com os gestores do município.

Uma das reivindicações da categoria diz respeito ao Programa de Saúde da Família (PSF). Segundo os médicos, hoje o número de habitantes por equipe é muito maior do que a capacidade de atendimento. Algumas equipes chegam a ter sob sua responsabilidade até 6 mil pessoas, quando o Ministério de Saúde preconiza 3 mil e a Sociedade Brasileira de Medicina de Família considera 2 mil pessoas como o número ideal.

Nas urgências e emergências, a situação também é crítica com a falta de equipes, principalmente na pediatria. Falta de medicamentos e de equipamentos adequados são problemas enfrentados diariamente pelos médicos nos vários locais de trabalho.

O sindicato luta pelo piso nacional da categoria, estabelecido pela Federação Nacional dos Médicos (Fenam), de R$ 9.188,22 (20 horas) e querem que a Prefeitura faça uma proposta para atingir este valor nem que seja a longo prazo. 

fonte

OESP

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