Em debate sobre NE, Serra promete criar 13º do Bolsa Família
20 de setembro de 2010 • 23h07 • atualizado às 23h58
O candidato à presidência José Serra (PSDB) prometeu o 13º salário do Bolsa Família
Foto: Aldo Carneiro/Futura Press
Foto: Aldo Carneiro/Futura Press
No primeiro e segundo bloco do debate entre os presidenciáveis promovido pelo SBT em Recife, a temática "Nordeste" serviu para que o candidato do PSDB, José Serra, tentasse minimizar quaisquer receios da população da região sobre à continuidade do Bolsa Família. O tucano apresentou a proposta de criar uma Secretaria Nacional do Semi-árido e, para tentar acabar com os "boatos" de que não daria continuidade ao programa de transferência de renda, prometeu reforçá-lo, criando o 13º pagamento.
A candidata do Partido Verde, Marina Silva, apresentou avaliações e propostas muito semelhantes às do tucano sobre energia e educação, e Plínio de Arruda Sampaio cometeu "gafe" ao vincular "oligarcas do Nordeste" à candidatura do PSDB.
Marina questionou se seria oportunismo de Serra defender o Bolsa Família, tendo em vista que o DEM fez uma série de críticas ao programa no passado. O tucano disse que "é falso, é mentira" que ninguém do seu partido foi contrário ao Bolsa Família. E atacou: pessoas do seu ex-partido (PT) chamaram os programas que deram origem ao Bolsa Família de Bolsa Esmola.
"Deu certo o Bolsa Família e se apresentam (o PT) como criadores, quando foram continuadores", atacou. Serra disse que vai reforçar o Bolsa Família, atender dois milhões de pessoas a mais, aumentar o salário mínimo para R$ 600, elevar para 10% o reajuste da previdência e apresentou, então, sua idéia de criar o 13º pagamento do Bolsa Família.
As propostas do tucano são apresentadas como uma tentativa de minimizar o receio da população nordestina de que o candidato do PSDB acabe com o programa do governo. A região tem 36,7 milhões de eleitores. Segundo pesquisa encomendada pela TV Globo e pelo jornal O Estado de S. Paulo em junho, 22% destes eleitores recebe o Bolsa Família.
A proposta foi apresentada pela primeira vez no Rio de Janeiro na semana passada em uma caminhada em São Gonçalo. Foi bem recebida nas pesquisas internas do partido e candidatos tucanos de outros Estados já passaram a explorá-la em suas propagandas. Desde então, o presidenciável tem reforçado sua ideia, tanto na TV, quanto em entrevistas e eventos públicos.
Questionado sobre a falta de eficácia da Sudene, Serra evocou Celso Furtado e afirmou que a reabertura do órgão promovida por Lula não adiantou. "A Sudene ficou sem fazer nada". O candidato voltou a afirmar que, caso eleito, pretende acumular a presidência do órgão. "Falta um órgão de planejamento no Nordeste. Como presidente da República, eu tomarei a Sudene. Temos que criar uma Secretaria Nacional do Semi-Árido", explicou.
Quando a temática foi energia, Marina Silva e Serra partilharam as mesmas opiniões. "Não sou contra implementar usinas nucleares no Brasil, mas não acho que tenha um papel fundamental para o Brasil nesse momento. (...) O fundamental é saber usar os recursos hídricos. Aliás, o Ministério de Minas e Energia, era chefiado por Dilma Rousseff. (...) A energia eólica, a solar, a bioenergia...ou seja, temos muitas frentes mais prioritárias do que a nuclear", afirmou o tucano.
Marina Silva partilhou da mesma opinião. E Serra ressaltou o ocorrido: "A réplica de Marina, de alguma maneira, endossa minha opinião. O prioritário é a hídrica, a solar, a eólica e a derivada de vegetais, como é o caso da cana-de açúcar". No segundo bloco, Plínio chamou a verde de "a mais conservadora em termos econômicos".
Questionado pelo tucano sobre qual seria o maior problema no Nordeste, Plínio disse que eram as oligarquias regionais. "O núcleo do problema do desenvolvimento no Nordeste não é a água, é a política, a oligarquia que comanda isso aqui. O problema existe há 500 anos, uma oligarquia que tem seus representantes em Brasília e que sufocam a região. Acho estranho você me perguntar isso, Zé, porque essa gente apóia você: Collor, Sarney, Renan Calheiros, Geddel...", atacou, mas errou o alvo. Todos os citados pelo socialista são integrantes da base governista.
Em sua réplica a Plínio, Serra ressaltou que nenhum desses integra sua coligação e afirmou que a educação é uma das questões mais preocupantes porque, segundo ele, o governo federal traçou metas pouco ambiciosas. "Quero abrir mais de 300 mil vagas no ensino técnico gratuito", prometeu.
Em debate promovido pelo SBT, em Recife (PE), os candidatos à presidência da República discutem uma temática específica colocada pela emissora: o Nordeste. Ausente, a petista Dilma Rousseff foi mencionada apenas por Serra, até então. Aos moldes dos debates nos Estados Unidos, os candidatos puderam responder fora do púlpito.
A candidata do Partido Verde, Marina Silva, apresentou avaliações e propostas muito semelhantes às do tucano sobre energia e educação, e Plínio de Arruda Sampaio cometeu "gafe" ao vincular "oligarcas do Nordeste" à candidatura do PSDB.
Marina questionou se seria oportunismo de Serra defender o Bolsa Família, tendo em vista que o DEM fez uma série de críticas ao programa no passado. O tucano disse que "é falso, é mentira" que ninguém do seu partido foi contrário ao Bolsa Família. E atacou: pessoas do seu ex-partido (PT) chamaram os programas que deram origem ao Bolsa Família de Bolsa Esmola.
"Deu certo o Bolsa Família e se apresentam (o PT) como criadores, quando foram continuadores", atacou. Serra disse que vai reforçar o Bolsa Família, atender dois milhões de pessoas a mais, aumentar o salário mínimo para R$ 600, elevar para 10% o reajuste da previdência e apresentou, então, sua idéia de criar o 13º pagamento do Bolsa Família.
As propostas do tucano são apresentadas como uma tentativa de minimizar o receio da população nordestina de que o candidato do PSDB acabe com o programa do governo. A região tem 36,7 milhões de eleitores. Segundo pesquisa encomendada pela TV Globo e pelo jornal O Estado de S. Paulo em junho, 22% destes eleitores recebe o Bolsa Família.
A proposta foi apresentada pela primeira vez no Rio de Janeiro na semana passada em uma caminhada em São Gonçalo. Foi bem recebida nas pesquisas internas do partido e candidatos tucanos de outros Estados já passaram a explorá-la em suas propagandas. Desde então, o presidenciável tem reforçado sua ideia, tanto na TV, quanto em entrevistas e eventos públicos.
Questionado sobre a falta de eficácia da Sudene, Serra evocou Celso Furtado e afirmou que a reabertura do órgão promovida por Lula não adiantou. "A Sudene ficou sem fazer nada". O candidato voltou a afirmar que, caso eleito, pretende acumular a presidência do órgão. "Falta um órgão de planejamento no Nordeste. Como presidente da República, eu tomarei a Sudene. Temos que criar uma Secretaria Nacional do Semi-Árido", explicou.
Quando a temática foi energia, Marina Silva e Serra partilharam as mesmas opiniões. "Não sou contra implementar usinas nucleares no Brasil, mas não acho que tenha um papel fundamental para o Brasil nesse momento. (...) O fundamental é saber usar os recursos hídricos. Aliás, o Ministério de Minas e Energia, era chefiado por Dilma Rousseff. (...) A energia eólica, a solar, a bioenergia...ou seja, temos muitas frentes mais prioritárias do que a nuclear", afirmou o tucano.
Marina Silva partilhou da mesma opinião. E Serra ressaltou o ocorrido: "A réplica de Marina, de alguma maneira, endossa minha opinião. O prioritário é a hídrica, a solar, a eólica e a derivada de vegetais, como é o caso da cana-de açúcar". No segundo bloco, Plínio chamou a verde de "a mais conservadora em termos econômicos".
Questionado pelo tucano sobre qual seria o maior problema no Nordeste, Plínio disse que eram as oligarquias regionais. "O núcleo do problema do desenvolvimento no Nordeste não é a água, é a política, a oligarquia que comanda isso aqui. O problema existe há 500 anos, uma oligarquia que tem seus representantes em Brasília e que sufocam a região. Acho estranho você me perguntar isso, Zé, porque essa gente apóia você: Collor, Sarney, Renan Calheiros, Geddel...", atacou, mas errou o alvo. Todos os citados pelo socialista são integrantes da base governista.
Em sua réplica a Plínio, Serra ressaltou que nenhum desses integra sua coligação e afirmou que a educação é uma das questões mais preocupantes porque, segundo ele, o governo federal traçou metas pouco ambiciosas. "Quero abrir mais de 300 mil vagas no ensino técnico gratuito", prometeu.
Em debate promovido pelo SBT, em Recife (PE), os candidatos à presidência da República discutem uma temática específica colocada pela emissora: o Nordeste. Ausente, a petista Dilma Rousseff foi mencionada apenas por Serra, até então. Aos moldes dos debates nos Estados Unidos, os candidatos puderam responder fora do púlpito.
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