Já falei neste blog sobre como as posições de Marina Silva sobre aborto, casamento gay e drogas discordam das de seu partido, o PV. As opiniões de Marina estão baseadas em suas convicções religiosas. Apesar de ter sido católica e de ter estudado para freira na juventude, hoje Marina é obreira da Assembleia de Deus, a maior denominação evangélica do Brasil.
Há quatro anos ela é assídua frequentadora da Assembleia do Plano Piloto, em Brasília, cujo presidente é o Pastor Sóstenes Apolos da Silva . Pastor Sóstenes concedeu a mim uma entrevista (publicada na edição de Época que está nas bancas e disponível para leitura aqui) sobre as orientações religiosas de Marina e as posições políticas da Assembléia de Deus.
Entre outras coisas, Pastor Sóstenes diz que a homossexualidade é abominável aos olhos de Deus, que a igreja está deixando de ser tão rígida quanto aos usos e costumes e que espera que a Assembleia decida-se por apoiar Marina Silva como candidata à presidência. Parte da Assembleia de Deus já declarou apoio ao candidato tucano José Serra. Curiosamente, a Assembléia resolveu que esse ano vai recomendar a seus fiéis que votem em candidatos evangélicos. Pastor Sóstenes diz que seria uma incoerência que a Assembleia mantivesse apoio a José Serra, que não é evangélico.
Uma figura simpática e carismática, Sóstenes é pastor há 31 anos. Sobre ele, os fiéis dizem que é exímio orador e que conhece pelo nome os cerca de dois mil membros da igreja. O pastor assumiu a função de ajudar Marina Silva a circular pelo meio evangélico em todo o Brasil.

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