Motorista que atropelou ciclistas diz que tentou evitar 'linchamento' O funcionário do Banco Central, Ricardo Neves, de 47 anos, disse que agiu em legítima defesa. Doze pessoas ficaram feridas.


O Ministério Público e a Polícia Civil do Rio Grande do Sul pediram a prisão preventiva do motorista que atropelou um grupo de ciclistas.
O funcionário do Banco Central, Ricardo Neves, de 47 anos, se apresentou à polícia para dizer que acelerou o carro contras os ciclistas para se proteger. No dia do atropelamento, ele estava com o filho de 15 anos na carona.
“Eles se enfureceram e começaram a agredir violentamente o carro. Quebraram o espelho, deram vários socos e jogaram a bicicleta para cima. Naquela situação eu me desesperei e procurei sair mais rapidamente possível para evitar um linchamento”, relata o funcionário público Ricardo Neves.
O atropelamento foi na sexta-feira (25) à noite, quando mais de cem ciclistas participavam de uma manifestação para ter mais bicicletas nas cidades. As imagens, divulgadas na internet, mostram como tudo aconteceu.
O motorista fugiu sem prestar socorro. Doze pessoas ficaram feridas. Um homem que não quer se identificar dirigia o veículo que estava atrás do carro do bancário. Ele conta que também teria sido ameaçado. “Eles estavam querendo depredar o meu também. Se ele não fosse, eles iam linchar o cara”, conta.
O taxista Paulo Feiden, que também assistiu a tudo, tem outra versão. “Ele veio costurando outros carros e buzinando. A história de que havia gente ameaçando ele é mentira”, diz.
Mesmo machucados, dezenas de ciclistas também prestaram depoimento na delegacia.
“Nada vai apagar a imagem do atropelamento da minha cabeça”, se emociona um ciclista.
O grupo de ciclistas promete fazer uma manifestação contra a violência no trânsito ainda esta semana. No local do atropelamento eles pintaram as frases ‘mais amor, menos motor’.
 

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