O empresário Silvio Santos, dono do SBT, disse que venderia a rede de TV a quem pagasse a dívida de R$ 2,5 bilhões que ele assumiu com o FGC (Fundo Garantidor de Crédito), para cobrir o rombo do banco PanAmericano, em entrevista à colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo.
- Não precisa nem pagar para mim, paga para o Fundo Garantidor de Crédito. Eu não posso vender nada sem passar pelo Fundo Garantidor de Crédito.
Luiz Sandoval, executivo do Grupo Silvio Santos, disse em entrevista publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, que o único negócio que Silvio Santos não admite vender é o SBT.
O empresário Eike Batista chegou a demonstrar eventual interesse em comprar o SBT, mas a informação foi desmentida logo em seguida por sua assessoria de imprensa.
Brincalhão
Silvio brincou e se fez de desentendido ao longo de toda a entrevista. Quanto ao encontro que teve com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em setembro, tratou apenas de uma doação de R$ 13 mil para o Teleton [programa que arrecada recursos para a AACD]. Questionado se tratou com Lula sobre problemas com o Banco Panamericano, ele primeiro respondeu: “Que Lula?”
- Ele [o presidente Lula] está me devendo R$ 13 mil [risos]. Tive que dar por minha conta porque ele prometeu e não deu os R$ 13 mil.
O valor a ser doado pelo presidente ao Teleton, segundo Silvio, seria uma referência ao número da chapa da então candidata à Presidência Dilma Rousseff (eleita no último dia 31).
- Eu falei para ele [Lula]: “Se você der R$ 13 mil, a Dilma pode ganhar a eleição". Porque é o número dela, não é? Não é 13 o número da Dilma? "Pode ser que Deus te ajude e ela ganhe a eleição." (...) Agora tô preocupado [risos]. Ele fez a promessa [de doar os R$ 13 mil] e não cumpriu.
Bolinha de papel
O apresentador e dono do SBT também ironizou sobre o episódio da bolinha de papel jogada no candidato à Presidência José Serra.
- Mas que bolinha? (...) Caiu alguma coisa na cabeça dele? [risos] Caiu alguma coisa na cabeça dele?
Lembrado de que uma reportagem do próprio SBT afirmou que se tratava de uma bolinha e não de um objeto mais pesado, disse: “Ah, eu não sei desse negócio de bolinha, não”.
- Isso aí, olha, eu não vejo TV. Televisão, para mim, é trabalho. Só vejo filme.
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