Marta Suplicy e militância gay agirão com discrição para impedir o fim da PLC 122

Marta Suplicy e militância gay agirão com discrição para impedir o fim da PLC 122
A militância brasileira está apostando em um trabalho discreto com os senadores para que eles assinem pela volta do Projeto de Lei da Câmara (PLC) 122, que criminaliza a homofobia. O objetivo da não publicidade é não listar e expor os favoráveis ao desarquivamento do projeto de lei, que poderiam ser interpelados pela oposição. Para o PLC 122 sair do arquivamento, ele precisa das assinaturas de 27 senadores, além de um novo relator ou relatora. A relatora já existe: Marta Suplicy topa assumir a relatoria da polêmica lei. E ela já disse que vai de senador a senador pedindo a assinatura de cada um deles para que o projeto volte a tramitar. Mas não será fácil.
A estratégia é convencer cada Senador com conversas particulares, sem muita mídia envolvida. “Se começarmos a dizer os nomes dos senadores que são favoráveis ao projeto, estamos dando de bandeja para a oposição fazer advocacy contra a nossa proposta”, explica Beto de Jesus, secretário da região Sudeste da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) e representante no Brasil da Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Trans e Intersex (ILGA).
Ele se diz otimista porque “os senadores têm interesse em aprovar projetos especiais”. Beto lembra ainda que a senadora eleita Marta Suplicy (PT-SP), que assume o cargo em 2 de fevereiro, já disse que toma para si a missão de não deixar o PLC virar mais papel no arquivo do Senado. A negociação da militância com os parlamentares deve ser feita até 60 dias após o começo do ano legislativo (com início em 2 de fevereiro). Se as 27 assinaturas não estiverem prontas até dia 4 abril, o PLC 122 será arquivado de vez e com ele a criminalização da homofobia no Brasil.
Marta Suplicy foi eleita nas Eleições 2010 com do Apóstolo Estevam Hernandes (líder da Igreja Renascer) que indicou a militante gay para seus seguidores. Estevam explicou porque decidiu por Marta: “penso em termos de futuro, no caso da Marta pelo seu suplente que deve assumir e o Netinho é servo de Deus, podem ser opção. Meu voto é pro suplente dela que deverá assumir, Antonio Carlos Rodrigues que luta pela Igreja, entendeu?”. O apóstolo ainda chegou a ser questionado por votar em uma defensora do homossexualismo, mas afirmou que os evangélicos estavam exagerando: “existe (impedimento), no caso do Netinho (que segundo o Apóstolo é evangélico), ele será “aliado contra” ela, e tem alguns exageros (por parte dos evangélicos). Claro que precisamos ficar atentos”, escreveu.
O anúncio do Apóstolo foi as vésperas da Eleição, Marta que vinha em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto foi eleita, Netinho não conseguiu. Todos os ministros de Dilma já foram anunciados, Marta Suplicy não está entre eles.
Fonte: Gospel+ e

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