DONS ESPIRITUAIS





O capítulo 12 de 1o Coríntios descreve os dons do Espírito. O capítulo 13 descreve a qualidade do amor necessário para exercer estes dons, no culto público.


Os dons do Espírito Santo são partes essenciais da revelação, da adoração do serviço e da vida. Paulo escreveu para os corintios não para informa-los sobre os dons, e sim para regularizar o uso dos tais, que já estava presente na igreja.


OS DONS PODEM SER DIVIDIDOS:


Para podermos afirmar a quantidade dos dons espirituais temos que ver a lista dos tais em Rm.12:6-8, 1o Co.12:11-14 e 28-30, Ef.4:7-12. A Bíblia em muitas passagens diz Dom, mas não quer dizer um dom separado, e sim o complemento de um dos dons espirituais.


DIVISAO: Divididos em três partes e cada parte em três itens.


1) Dons de revelação.


A) Palavra do Conhecimento.


B) Palavra da Sabedoria.


C) Discernimento de Espírito.


2) Dons de poder.


A) Dons de Curar.


B) Operação de Milagres.


C) Fé.


3) Dons de Inspiração.


A) Variedades de Línguas.


B) Capacidade de Interpretar.


C) Profecia.


DONS DE REVELAÇÃO: A PALAVRA DO CONHECIMENTO


É a revelação sobrenatural de algum fato que existe na mente de Deus, mas que o homem, devido as suas limitações, não pode conhecer a não ser pela poderosa intervenção do Espírito Santo.


Poderia colocar nestes dons as visões em 1o Sm.3:1, Deus chama a Samuel e revela-lhe, uma palavra do conhecimento, a respeito da família de Eli. Sendo que Eli era um sacerdote, mas não tinha a palavra do conhecimento, (Recebia). Através da palavra do conhecimento um servo do senhor pode ser consolado, exortado e também pode ser usado para consolar, e exortar.


Elias recebeu de Deus as duas coisas na palavra do conhecimento em I Rs.19:14-21, porem hoje através da palavra do conhecimento Deus usa muitos servos para serem conselheiros. No caso de Paulo quando se converteu no caminho à Damasco, Deus deu a Ananias uma parcela de sua Onisciência, pela palavra do conhecimento (At.9:10-19), para que ele ajudasse o apóstolo; mas também através da palavra do conhecimento, muitos são grandes (evangelistas), apóstolo, ou seja, missionário. Pedro teve a palavra do conhecimento, At.5:3-4. A palavra do conhecimento pode ser usada através de sonhos etc.


A palavra de Sabedoria: há vínculos importantes entre o conhecimento e a sabedoria, mas há uma diferença entre elas. A Sabedoria é a capacidade de relacionar e de planejar com o uso do conhecimento e da experiência já adquirida. Obs.: aqui entra doutores e mestres, dedicado ao ensino, ou ainda – governos, ou seja aqueles que administram o chamado pastoral. Por exemplo: João na ilha de Patmos. Foi revelado a ele por Jesus Cristo, a situação das 7 igrejas da Ásia. Isto se deu pela palavra do conhecimento, mas as cartas contem palavras sendo mensagens do propósito divino para aquelas igrejas. Foram palavras preciosas de sabedoria concedida a João. Obs.: existe a sabedoria humana dita sabedoria natural, a qual podemos pedir a Deus que Ele, nos conceda, sem sermos batizado no Espírito Santo. Tg,1:5. esta sabedoria o próprio Rei Salomão, também a Deus para administrar o povo de Israel, que serve o “dilúvio”, veio a palavra de sabedoria acompanhada por instruções para fazer a Arca, e a raça humana recebeu na, pessoa de Noé, a ultima esperança de sobreviver ser herdeiros da promessa, com esperança em vida. A Paulo, foi dada também a palavra de sabedoria divina, através de uma visão em Atos 10. A palavra de sabedoria é dada a todos os servos que o Espírito do Senhor quer usar, para que estes homens possam preparar a sua palavra para ser pregada. (Sabedoria natural)


O DISCERNIMENTO DE ESPIRITO OU SABEDORIA ESPIRITUAL


Consiste nas pessoas que são batizados no Espírito Santo.


Dom de discernimento: O discernimento de espírito revela qual é a fonte de qualquer demonstração de poder de sabedoria sobrenatural. Os que recebem este Dom, sabem distinguir entre os verdadeiros e falsos possuidores de dons espirituais, e além disto, distinguem a providência das manifestações sobrenaturais de cuja existência não poderia haver duvida nos que possuem a sabedoria natural, porém a sabedoria natural não consegue a posse deste Dom. At.5:15-16. Este dom serve também para discernir a alguém que esteja com alguma doença, e que naquele instante serão curadas por Deus, de acordo com a fé que possui. Serve também para discernir espírito de demônios, com em At.16:17-18.


Dons de Curar: Ou Dons de Poder: Os simples pecadores e operários, discípulos de Jesus receberam uma missão que se definiu nas seguintes palavras: “Curai enfermos, ressuscitai mortos, purificai leprosos, expeli demônios, de graça recebestes de graça daí”. Sabemos que o reino de Deus está próximo e hoje quem prega a Jesus, o curador da alma, deve oferecer um antegozo da salvação eterna, por intermédio de uma cura das dores do momento, oferecendo ao povo necessitado, Jesus o salvador e curador do corpo. O N.T. nos ensina que o caminho que Deus escolhe para curar, nem sempre precisa ser o caminho da ciência dos incrédulos. Quando Lucas e Paulo estavam na ilha de Malta, o médico Lucas nem foi convidado a opinar sobre o caso da desinteria do pai do governador da ilha. At.28:8. Desde o tempo de Moisés temos exemplos registrados na Bíblia, promessa de Deus que diz respeito da cura: (Eu sou o Senhor que te sara) Ex.15:26. Dt.8:4 e 15.


Se alguém argumentar que toda cura é divina, no sentido de que Deus opera em tudo, direta ou indiretamente, então teremos que dizer todo sofrimento é divino. Dt.32:39. Veja bem, às vezes é necessário o sofrimento imposto por Deus, seria bom que Deus castigasse o povo, mas Ele guia os povos com amor. Para que possam chegar a reconhecer que precisam do Salvador.


Jesus opera na cura física, Lc.5:24, porque também através da cura glorificada a Deus, tanto o que opera a cura através do Dom de Deus, como aquele que é curado, Mc.2:12. O Dom de cura requer a fé para ser efetiva naquele que ora e no que recebe a oração. São dois tipos de fé para execução deste Dom; daquele que ora Mc.5:35-43; e a fé exercida exclusivamente pelo paciente, Mt.9:22. Assim como há dois tipos de doença, espiritual e material, II Rs.5:27, II Co.12:7-9.


OPERAÇÃO DE MILAGRES


O milagre é um ato soberano do Espírito de Deus, que não depende de leis e sistemas naturais: é claro que o que há de especial em todos os dons do Espírito Santo é o fator milagre, mas não se tratando do Dom das operações de milagres. Se vê em I Co.12:28 onde as pessoas que receberam este Dom se destacaram entre aqueles que receberam outros Dons igualmente milagrosos, exemplo do Dom de maravilha: A transformação da água em vinho. A tempestade se acalma. A fogueira em galhos ressequidos. A abertura do mar vermelho pela vara de Moisés. E por meio da operação de milagres ou maravilhas, da rocha fluiu a água para saciar a sede dos israelitas. Jesus multiplicou pães e peixes para alimentar 5 mil pessoas.


Através de grandes milagres que acontece até hoje no meio do povo de Deus muitos pecadores se arrependeram e de volta a Deus. Pelas operações de milagres, Deus confirma as palavras de seus servos, veja bem, o Procônsul Sérgio Paulo não tinha conhecimento suficiente para escolher entre a palavra de Elimas, o mágico e de Paulo o apóstolo, até que o falso profeta foi milagrosamente ferido pela cegueira, At.13:6-12. Pelas operações de milagres, Deus salva a vida de pessoas que andam no meio de perigo. Pelas operações de milagres, Deus revela seu poder no meio dos homens, Mt.11:5.


Deus pela sua graça sempre concedeu aos seres humanos, participação na sua intervenção divina, nos assuntos terrenos, apesar de muitas vezes ter havido operação de milagres divinos sem a mínima cooperação humana. Exemplo: a confusão de línguas em Babel, para desarticular a rebelião humana, Gn.11:1-9, a destruição de Sodoma e Gomorra, para estirpar as mais terríveis formas de pecados, Gn.19:1-29, e para mostrar o outro lado da revelação divina, e estrelas que guiou os magos no oriente ao presépio de Jesus, fato este que serviu de sinal da vinda do Rei – O Salvador, Mt.2:1-12.


O DOM DE FÉ


Dom de fé é algo diferente da fé salvadora que descreve, por exemplo: em At.16:31, aqui se refere ao prelúdio da salvação. É verdade também que mesmo a fé salvadora é dádiva de Deus, mas esta tem uma finalidade bem especifica, que é levar o pecador a se arrepender e aceitar a salvação gratuita, oferecida por Cristo, Ef.2:8.


Em Rm.12:3, podemos ver claro o Dom de Fé, este Dom é algo diferente, especificamente classificado entre os dons do Espírito Santo, e é o equipamento espiritual e sobrenatural do crente, para lhe conceder o poder sobrenatural de confiar em Deus nas ocasiões em que só um milagre poderia alterar a situação, isto significa confiar quando tudo está perdido.


Deus ensinou isto ao Salmista, Sl.46:10, o Dom de fé é algo sobrenatural, este Dom abre a porta para maravilhas, além de todas as expectativas. Existe também a fé sobrenatural, por exemplo: o fazendeiro semeia o trigo na esperança de fazer boa colheita, isto acontece por acaso que algumas pessoas estudam ou houve falar de Deus e sabe de sua existência, sem, porém ter fé N’Ele. Há também a fé, que é fruto do Espírito Santo. Na lista dos dons do Espírito Santo, e na descrição do fruto do Espírito Santo. A palavra fé é a única que ocorre em ambas às ocasiões. É importante observar que na descrição do fruto do Espírito, ou do fruto em Gn.2:22-23, a palavra fruto, está no singular. Paulo considera que as qualidades do caráter cristão, produzidos pela santificação, obra do Espírito Santo, forma um cacho único: mas o fruto do Espírito Santo é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, domínio próprio e mansidão. Contra essas coisas não há lei. Note-se que a palavra fidelidade traduzida é a própria fé “Pitis” no Grego. A longanimidade, a bondade, a mansidão, domínio próprio, semelhantemente, não são apenas virtudes humanas, mas são aspectos e facetas da atuação do Espírito Santo em nossas vidas; são práticas diárias da presença divina ao nosso lado. Isto nos leva a fazer uma descrição breve: o fruto do Espírito Santo é a santificação do caráter do homem, e os dons do Espírito Santo são os meios de poder em tempo de necessidade. Obs.: aplicando esta analise a fé, o fruto é crê em Deus de tal maneira que a pessoa sempre ande pela fé, e desenvolver o seu costume de confiar em Deus a fé. Como o Dom é aquele milagroso poder sobrenatural de solicitar uma intervenção divina, e formar um ambiente propício para aceitar uma transformação da situação operada por Deus. A fé salvadora precede a salvação, e a fé que é fruto surge como resultado da salvação, e o Dom da fé é semelhante à operação de milagres. O Dom da fé é aquilo que capacita o homem a receber as promessas de Deus, e que transforma em recipiente da graça divina. Este Dom é exemplificado em Hb.2.


DONS DE INSPIRIAÇÃO, VARIEDADE DE LÍNGUAS: O Apóstolo Paulo dedica quase a totalidade do cap. 14 de 1o Co. A este Dom, pois parece que era o mais divulgado entre os fiéis. Dons mais raros são menos debatidos porque sua própria raridade os protege dos abusos, que o Dom da variedade de línguas foi submetido por alguns crentes em Corinto. A variedade de línguas é a expressão falada e sobrenatural de uma língua, nunca estudada pela pessoa que fala, é uma linguagem anunciada pelo poder do Espírito Santo, às vezes são compreendidas por quem a fala e fala e somente quem interpretar saberá compreendê-la. Uma das funções dentro da igreja é de que o Espírito Santo cumpra um dos sinais que Jesus prometeu aqueles que crêem, Mc.16:17=18. A expressão usada por Paulo, na sua definição deste Dom revela um aspecto da fidelidade da variedade de línguas, que vem clarear os nossos entendimentos, I Co.14:2. Revela-se claramente que este Dom serve para conversações entre o espírito do homem e Deus, é uma comunhão acima da linguagem humana. Assim Paulo aconselha que no culto público o Dom da profecia, ou seja, de línguas, que aja interpretação para edificação da igreja, e se não houver o Dom de interpretação então é proveitoso somente para a comunhão pessoal entre o individuo e Deus. Nos versículos: 6,23 e 26, para o culto público o Dom deve ser disciplinado, limitado, para a adoração em particular onde só existe convertido o Dom é encorajado, exaltado, versículos 4-5,18 e 39, do cap. 14. Obs.: no culto é preferível falar 5 palavras com entendimento, para instruir o outro, do que falar 10 mil palavras em outras linhas, quando não há interprete. Paulo ensina a ordem para recebermos aquilo que Deus tem para nós sem desordem, I Co.14:14-15 e 26. Teologicamente é chamado “Glossolalia” a finalidade é louvar, adorar e engrandecimento de Deus, e serve para edificação particular de cada cristão, porque a ordem é desconhecida serve para edificar, exortar e inspirar nosso próximo, Ef.5:18-19, e serve também na edificação da igreja quando interpretado.


INTERPRETAÇÃO DE LÍNGUAS: Esse é o único Dom que depende diretamente de outro Dom, I Co.12:10. Por este motivo, muitas coisas já foram ditas juntamente com o que falamos sobre variedade de línguas. Nota-se também que, embora os demais Dons já se acham ricamente exemplificados na narrativa do A.T. é só a variedade de línguas aparentemente de interpretação, que é reservado ao povo do N.T. não existindo antes de Cristo.


PROFECIA: A profecia é uma manifestação do Espírito de Deus e não da mente do homem, e está incluída dentro da seguinte categoria: I Co.12:7, embora o Dom da profecia não tem nada a ver com poderes normais do raciocínio do homem, ou seja, humano e sendo algo bem superior, tal fato não impede que qualquer cristão possa gozar do seu exercício, ainda que alguns façam de maneira limitada I Co.14:31, sendo as sagradas escrituras os deveres e a responsabilidade de que recebe o Dom da profecia, se limitam a edificação, a exortação e a consolação, I Co.14:31, e também as visões que Deus dá à uma pessoa, quando essa pessoa a conta é também uma profecia. O ministério que recebe este Dom, ele deve fazer uso de seus conhecimentos bíblicos em seus sermões, além de servir das idéias das suas meditações e das suas visitas pastorais, deve sempre ter algo novo e especial para os seus rebanhos, isto além da exposição e divulgação das boas novas, coisas estas aliás, insubstituíveis. Pois bem, edificação é o construir algo firme e útil. A exortação é chamar alguém para o lado com a finalidade de confortar, inspirar, defender, guiar. A consolação e o dar alegria e paz é igual ao aspecto mais de você e agradável da exortação. Nunca devemos dizer que pregar é profetizar. A palavra pregar, literalmente quer dizer proclamar. Este Dom precisa estar sujeito à ordem e decência. O Dom da profecia só pode ser exercido dentro da igreja de Deus e da fé por parte de quem recebe o Dom. Rm.12:6.


Este princípio se aplica aos 9 dons espirituais. Obs.: a operação que satanás pretende levar o efeito dentro das igrejas e destruir a qualidade da fé, uma vez conseguido isto, o restante da vida do crente logo murcha, não há testemunho, não há mais demonstração da presença de Deus e com isso o crente nada mais pode fazer. Obs.: é por causa desta operação maligna (digo), que o crente precisa lutar, zelar pela sua força motivadora do Dom é amor. É claro que o amor se aplica a cada aspecto da vida cristã, ao lar, ao namoro, ao casamento, ao esporte, ao estudo, ao trabalho, ao culto, à vida íntima da consciência. Algumas pessoas utilizam o cap.13:8-10, para dizer que não precisam de Dom algum mas não é assim que é a interpretação, estes versículos nos ensina que o amor é eterno e que permanece no próprio céu, quando tudo o que há na terra veio a existi através do amor de Deus. Mas isso quer dizer que nós não precisamos dos Dons Espirituais, pois enquanto estivermos aqui na terra, precisamos para sermos bons ministros do Senhor.


 


 

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